segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Conhecimento do futuro



Por - Gilberto L Tomasi

Não andeis pois,ansiosos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado(Mts.6/31”.)

  A ansiedade é uma sensação ocasionada por alguns momentos de preocupação, tensão e apreensão, sentida como uma antecipação a acontecimentos que poderão ocorrer. Ou seja, sofre-se antecipadamente  por algo desconhecido.
Mas, podemos prever os acontecimentos futuros? Vejamos: Na tragédia grega de Sófocles, o rei Laio de Tebas é alertado por um oráculo de Delfos sobre a sua morte pelas mãos de seu filho Édipo. Platão, conversando com Fredo (Fabulista romano,15ac/50dc) dizia: “A alma tem o dom de profetizar”. Para Aristóteles, o homem podia prever o futuro sem a interferência de Deus.Sonhando que a estátua de seu marido, imperador Cesar jorrava sangue, Calpurnia, previu sua morte. Ao ser insultada por um desconhecido, Joana D’Arc prevê sua morte por afogamento no fosso de um castelo. Já. Nostradamus, em suas centúrias, profetizou vários acontecimentos. Previu, dizem, a revolução francesa, a ascensão de Napoleão, do domínio de Hitler e alguns outros que ainda estão por acontecer. O  Mestre Jesus, também profetizou sobre o futuro em sua época ao falar sobre o “fim dos tempos”.
  Em 1868, com o Livro A Gênese, Kardec impulsiona a teoria da preciência, que foi comprovada mais tarde através de várias pesquisas realizadas pelo Dr. Joseph Banks Rhine, biólogo americano e  pai da parapsicologia.,em 1932. Sua esposa Dra. Luisa Rhine, em seu livro “Canais Ocultos do Espírito”, após profunda análise de relatos de várias pessoas que diziam prever o futuro, classificou o fenômeno em quatro formas: 1-Fenômeno realista, 2-Fenômeno não realista, 3-Fenômeno alucinatório, 4-Fenômeno intuitivo, (que merecem ser estudados). Mais recentemente, nos anos setenta, Russel Targ e Harold Puthoff, físicos do instituto de pesquisas de Estanford, realizam estudos e experiências sobre  precognição relacionadas com situações reais. A precognição (latim,pré-cognito) é uma percepção extra-sensorial na qual o indivíduo percebe uma informação sobre o futuro ou evento antes dele acontecer.
  Na ótica espírita o conhecimento do futuro é abordado por Kardec em O Livro dos Espíritos, na questão 402, quando ao serem questionados sobre a liberdade dos espíritos durante o sono, eles respondem: “Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o espírito mais faculdades do que  no estado de vigília. Lembra-se do  passado e algumas vezes prevê o futuro”.  Na Gênese, cap. XVII, Kardec esclarece: “Aquele a que é dado o encargo de revelar uma coisa oculta recebe, à sua revelia e por inspiração dos espíritos que a conhecem, a revelação dela e a transmite maquinalmente, sem se aperceber do que faz. É sabido, ao demais, que assim , durante o sono, como em estado de vigília, nos da dupla vista, a alma se desprende e adquire, em grau mais ou menos alto, as faculdades do espírito livre”. Prossegue Kardec: “(...) Muitas vezes, as pessoas dotadas da faculdade de prever, vêem os acontecimentos como que desenhados num quadro, o que também se poderia explicar pela fotografia do pensamento”.
  Em o Livro dos Médiuns, Kardec, faz vários comentários a respeito do conhecimento do futuro dizendo que esse conhecimento do futuro acontece através de uma intuição muito vaga daquilo que pode acontecer, e isso se dá através dos médiuns de pressentimento. Mas, conforme Kardec, no Livro dos Médiuns, o homem não deve saber de tudo o que está por vir, pois se Deus assim permitisse, o homem não trabalharia em prol de sua evolução e progresso, pois, a saber o que estaria por acontecer iria neglingenciar o seu presente. Sendo o futuro algo de bom, permaneceria inerte esperando sua realização, sendo algo desagradável cairia num estado de tristeza e melancolia.
  Joana D’Angelis, nos explica em sua série psicológica: “A paranormalidade é inevitavelmente o novo passo a conquistar, e que futuramente estes fenômenos serão algo de normal em nossas vidas. Continua Jona D’Angelis: “(...)O espírito possui valiosos recursos que se expressam através de seu psiquismo, podendo irradiar o pensamento, produzindo,fenômenos, consciente ou inconscientemente, de pré e retrocognição.(Regressão de memória)
  A falta de informação, faz com que algumas pessoas associem o fenômeno da precognição como sendo “bruxarias”, e sentem um sentimento de culpa ao terem visões de situações desagradáveis.
  Chico Xavier através da psicografia diz que os espíritos ensinam: “ Se queremos saber sobre nosso passado, analisemos o nosso presente; se quisermos saber de nosso futuro, analisemos nosso presente”.
Consulta: O Livro dos Médiuns (Kadec),O Livro dos Espíritos (Kardec), A Gênese (Kardec), Dias Gloriosos (Joana D’Angelis – Divaldo), Revista o Reformador (06/2002) Sexto Sentido n. 520, Precognição (Adelaide P Lessa), Canais Ocultos do Espírito (Louisa Rhine)

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