domingo, 28 de agosto de 2011

Solução para as doenças e doentes


 
Por - Gilberto L. Tomasi

Constantemente somos surpreendidos pelo surgimento de algum tipo de doença ocasionada pela mutação de algum vírus que acaba por ocasionar certo descontrole em sua fase inicial infectando multidões. Passado o susto inicial, com suas conseqüências, a ciência descobre algum tipo de medicamento,vacina etc.,que resolve o problema.
Acontece porém, que nas últimas décadas têm aparecido outras doenças com nomes diferentes, reações imprevisíveis que se alastram rapidamente, com efeitos danosos para a humanidade e para também para os animais, como um sinal de   alerta que pode indicar algo mais.
Pode ser um sinal de alerta, mostrando que a humanidade está vulnerável não apenas em relação aos corpos dos seres vivos, mas a atmosfera como um todo, ás águas, o solo, as plantas. Estamos totalmente desprotegidos e, isso tem a ver como nosso estilo de vida.
É fácil perceber que estamos vivendo e convivendo num ciclo totalmente desequilibrado, com a poluição de todas as fontes possíveis à nossa sobrevivência com grandes prejuízos e danos a saúde.
O santuário da habitação de Deus, conforme se refere o apóstolo Paulo, está cada vez mais sujo e aberto a todo tipo possível de sujeira.
Sempre que se procura combater tais epidemias e doenças causadas por esse desequilíbrio não se fala do estilo de vida do homem moderno, fala-se apenas em meios para combater tais enfermidades somente depois que eles agem, que destroem e matam, ou seja, a ciência trabalha muito, com certeza, sempre focada em encontrar as saídas para corrigir os problemas depois de se tornarem insustentáveis.
O grande desafio é a prevenção e os cuidados que o homem deve ter para com o ambiente em que vive.
A Doutrina espírita contribui com a solução das ameaças de doenças e epidemias, com falta de água, com a falta de cuidados com o meio ambiente, entre outros desafios sociais, no momento em que prega aquilo que enseja a harmonia e o respeito à obra Divina. O espiritismo entende que esses cuidados não devem ser apenas uma questão de ideologia, mais sim, de mudanças de hábitos e comportamentos.
E, somos nós espíritas, que devemos representar essa conduta do espiritismo. Que cada um de nós, cidadãos de bem, exerçamos nossos deveres de cidadania com firmeza e respeito. Temos que nos empenhar constantemente em todos os movimentos sérios que lutam em vencer esses desafios.
De que maneira podemos fazer isso? Aliando nossos conhecimentos técnicos, culturais, nas nossas áreas de atuação vivenciando sempre a Doutrina Espírita que vem nos ajudar a melhorar nosso caráter e, consequentemente nossas atitudes perante o meio em que vivemos.
Logo, todos os setores de atuação, médicos, filósofos, escritores, jornalistas, administradores e também os políticos, etc., que são os chamados formadores de opinião, devem aplicar a formação e os conceitos que possuem naqueles espaços que atuam.
Kardec mostra com clareza e objetividade a respeito da origem das aflições, quando diz que elas podem advir dos erros cometidos e completa dizendo que a dor é propulsora do progresso.
Quando somos visitados pela dor e pelo sofrimento, ficamos mais sensíveis com os acontecimentos à nossa volta, nos tornamos mais introspectivos e vivenciamos emoções que até então não conhecíamos. Neste momento lembramos de orar com mais ênfase, ficamos mais compenetrados, avaliamos melhor o sofrimento que ser seja nosso ou alheio, haja vista, que observamos e sentimos nossas atitudes ante a dor.
Nesta posição de doentes, nossas ações irão demonstrar se estamos realmente assimilando as lições que a Doutrina Espírita nos ensina. Quando entramos um estágio e reflexão, temos condições melhores de meditar de forma mais profunda nas causas das dores que nos chegam, quer por meio de doenças, catástrofes ou acidentes naturais.
Quantas pessoas não se deixam transformar para melhor depois de uma situação de perigo, de uma enfermidade? Quantas não mudam de atitudes, hábitos e ações danosas e, abandonam seus vícios morais e se apegam e se amparam na fé e no amor de Deus? Quantos não descobrem no interior do ser o valor da vida, da imortalidade do espírito e, acaba por compreender melhor a justiça de Deus que as vezes acontece em forma de causa e efeito?
È comum o questionamento do homem frente as dificuldades vivenciadas no mundo atual, com drogas, violências, doenças, desastres de toda ordem, perguntando-se se o mundo estaria progredindo? O espiritismo mostra que num momento que vai marcar a história de forma expressiva da humanidade. A ciência aliada à tecnologia lançaram o homem nas alturas do progresso material, faltando apenas a evolução moral e espiritual alcançarem também esse patamar.
Mas, apesar disso, o mundo vem progredindo, a ciência trabalha em favor da saúde, do bem estar, da erradicação de males que afligem a sociedade. Falta apenas o homem adquirir a consciência necessária de que pode contribuir para mudar o rumo dos acontecimentos mudando seu estilo de vida e cuidando melhor do local onde vive e que com certeza voltará um dia, até que consiga galgar degraus mais altos nesse processo de evolução.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Coragem para mudar



Por - Gilberto L. Tomasi
 

A Maioria dos conflitos que afetam o homem  acontecem em função dos baixos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrena.
É comum o homem copiar modelos existentes, que o satisfazem por pouco tempo, sem analisar as possíveis consequencias que esses tipos de comportamentos podem acarretar.
O homem ainda não entendeu a importância necessária do seu progresso e crescimento individual, para que, mais evoluído possa colaborar para o progresso em coletividade.
Ainda se acredita que os próprios erros cometidos são menores do que os erros cometidos pelo semelhante. A grande maioria acha que o tempo age e passa de forma diferente para ele, como se ele fizesse parte de um mundo independente. E, assim agindo acabam por se iludir imaginando que o rigor da lei da consciência irá atingir somente os outros. Por outro lado, o homem ainda se deixa levar pelo orgulho e pelo egoísmo da maioria, sem refletir e analisar o que seja realmente necessário se alcançar.
A Doutrina Espírita, através de mensagens emanadas do mundo espiritual nos dá a certeza de que este é o momento de nós espíritos encarnados, em estágio de evolução começarmos nos desvencilhar de forma verdadeira dos nossos vícios e paixões, procurando buscar outros meios que nos levem a galgar saltos maiores em busca da evolução. Somos orientados constantemente pela espiritualidade para voltarmos nossas energias em busca de uma atividade fraternal que nos leve a praticar a verdadeira caridade, sem a qual não chegaremos a lugar nenhum. Nesse sentido, é importante cultivar alguns ensinamentos do Mestre, como a paciência, não entrando em desespero e nem se deixando levar pela fraqueza, sabendo aguardar a sabedoria do tempo que vence todos os obstáculos.
Não podemos e nem devemos esquecer que assumimos compromissos anteriores à nossa encarnação atual, devendo, pois, caminharmos sem desaminar, sem falsas ilusões, confiando sempre na ajuda divina em busca de valores nobres.
É comum e muito fácil o homem desistir da busca de sua evolução, se deixando levar por momentos de falsos prazeres, tornando-se assim igual aos demais, em suas manifestações inferiores. Esquecemos que os falsos prazeres em relação das paixões descontroladas são conseqüências de atitudes impensadas que irão se transformar em grandes problemas a serem sanados. Uma grande virtude a ser seguida, é aprender a vencer e controlar as más inclinações, as más tendências, procurando seguir em frente vencendo os obstáculos e perseverando no combate às nossas fraquezas.
Comecemos a mudar nossos hábitos e atitudes estejam eles onde estiverem, de forma gradual, começando pelos mais fáceis e, fazendo disso um hábito e um exercício rotineiro. Devemos estar sempre atentos para as oportunidades diárias que nos são oferecidas pela bondade Divina, aproveitando-as, fazendo o bem, por mais insignificante que o ato possa parecer, sem imaginar grandes realizações e, sem esperar recompensas pelas nossas atitudes, haja vista, que  maior recompensa que podemos ter é a consciência tranqüila por ter feito a coisa certa. Lembrando sempre que toda ascensão exige muito esforço, enquanto toda queda vai resultar em prejuízo e recomeço.
É necessário muita coragem e muito esforço moral para nos livrarmos da falsa auto-imagem que nos creditamos nos imaginando maiores e melhores aos semelhantes. Porém, a coragem ainda está associada à agressividade dos atos cometidos que nos dão a falsa ilusão de sermos superiores, nos levando a agir de forma ameaçadora, precipitada e violenta, querendo demonstrar força e poder. Isso, no entanto, não passa de grande desequilíbrio emocional de comportamento.
O homem ainda não entendeu que a verdadeira coragem é aquela que lhe dá forças para suportar e enfrentar as provações, agindo de forma cautelosa e racional não deixando que um momento íntimo se transforme em ato destruidor com conseqüências de difícil solução. Aprendamos a vivenciar a coragem como sendo um elo de confiança às nossas próprias resistências, para que não nos deixemos levar pelos baixos sentimentos da raiva e do ódio no momento de agirmos.
A falsa idéia que temos da coragem é o que nos faz a agir de forma descontrolada, quando, deixando de lado a razão agimos impulsionados pela emoção desequilibrada. A verdadeira coragem somente é conquistada e entendida através das sucessivas vivências evolutivas, depois de já termos passados por diversas dificuldades, dores e sofrimentos, os quais nos ensinam a adquirir resistências para suportar as dificuldades encontradas pelo caminho. E, essa coragem adquirida se transforma em força moral para aqueles que não apegam em bens transitórios, se transforma em perseverança quando as situações se apresentam desfavoráveis.
Aqueles que lutam em busca da fé, que se sacrificam em prol do progresso da cultura ou da ciência, que lutam em busca do bem são movidos pela coragem que os anima em seus objetivos em busca da evolução. Quem conquista a coragem em sua plenitude não se sente perseguido, com medo, nem injustiçado, aceita a vida como ela é sempre buscando encontrar o norte de sua reforma íntima sem querer mudar rumo em função das adversidades encontradas. A coragem moral lhes dá as forças necessárias em todas as ocasiões.
Inicialmente, a coragem se manifesta no estado de auto-avaliação das possibilidades que dispomos, deixando de lado a suposta grandeza que acaba por esconder nossas fraquezas morais. A coragem  nos trás uma grande força de tranqüilidade e coerência nos impulsionando para frente sem medos.
É preciso muita coragem para ser autêntico, verdadeiro, honesto para deixar de lado a falsidade o orgulho a prepotência  a arrogância e, Joana D’Angelis diz que é preciso ser mais corajoso ainda para ser verdadeiramente humilde, para admitir ao menos para si próprio que possui sentimentos negativos
É preciso ser muito corajoso para se comportar de maneira condizente com os bons costumes, para aceitar a dor e o sofrimento com dignidade, para amar e doar sem esperar retorno.
Deveríamos sempre nos espelhar na coragem de Jesus.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Inimigo invisível



Por – Joilson José Gonçalves Mendes

Ao consultarmos o Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo XII (Amai os vossos inimigos), item 5, encontraremos o tópico – Os inimigos desencarnados – trecho em que nos são apresentadas algumas razões para que aprendamos a amar os nossos inimigos, citado pelo evangelista Mateus em seu capítulo 5-43:47. Assim ensinou Jesus:
“Aprendestes que foi dito: "Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos." Eu, porém, vos digo: "Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. - Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os pagãos?"
Analisando a proposta do mestre no ensinamento acima, verificamos o quanto temos que aprender em relação aos nossos sentimentos e às Leis Divinas. Jesus inicia fazendo alusão ao que era ensinado em sua época, que era a lei de Talião, o “olho por olho, dente por dente” e depois ensina que Deus é bom para com todos.
Segundo os historiadores a pena de Talião tem sua origem no Código de Hamurabi, datado de 1.700 a.C., na antiga Mesopotâmia. Tinha como princípio impedir que as pessoas fizessem justiça pelas próprias mãos, e assim, cometessem excessos. Um exemplo de como funcionava este código é o que vemos em seu Art 25:
Art. 25 § 227 - "Se um construtor edificou uma casa para um Awilum, mas não reforçou seu trabalho, e a casa que construiu caiu e causou a morte do dono da casa, esse construtor será morto".
Contudo, Jesus veio ensinar a Lei maior, que é a Lei de AMOR. Que devemos aprender a perdoar aqueles que nos prejudicam. Que devemos fazer o bem e orar por aqueles que nos odeiam. Mas qual seria o sentido destas palavras? Como compreender este ensinamento à luz da Doutrina Espírita?
Primeiramente é importante sabermos que ao dizer para amar os nossos inimigos, isto não significa que teremos por eles o mesmo sentimento que temos pelos nossos amigos. Seria muita hipocrisia acreditarmos que devotaríamos sentimentos fraternos as pessoas que nos fizeram mal. Pela própria lei de afinidades é muito natural que venhamos a repelir quem nos prejudica.
Todavia, é justamente neste sentido que vem a proposta de Jesus. Ele ensina que devemos trabalhar nossos sentimentos para que não venhamos recorrer em erros e ficarmos presos (ligados) aos nossos algozes e isso só se consegue com o esquecimento das ofensas, o perdão que emana do coração.
Sabemos que ao deixarmos o corpo físico pelo fenômeno da morte, continuaremos a existir em outra dimensão e seremos o que sempre fomos. Ninguém vira “anjo” ou “demônio” após o desencarne. Se fomos, enquanto encarnados, pessoas boas, honestas, com princípios morais, continuaremos com estes princípios do outro lado da vida. Mas se fomos pessoas más, do tipo que gostava de levar vantagem em tudo sem se preocupar com o próximo ou sem termos os princípios éticos/morais sedimentados em nossa estrutura psicoespiritual, continuaremos assim quando da falência dos órgãos físicos.
Agora, desencarnada, esta pessoa passa a gozar da vantagem de estar oculta aos nossos olhos materiais e poder influenciar a vida daqueles que ela não gostava, agindo telepaticamente ou até mesmo fisicamente contra as pessoas que ela julgava serem seus inimigos. Passa a ser o nosso inimigo invisível.
Inicia-se, desta forma, os processos obsessivos que vão das mais simples influências até as mais elaboradas subjugações, demorando, muitas vezes, séculos para nos livrarmos, ou melhor, reconciliarmos com esses obsessores. Sim, a única maneira de nos vermos livres dos obsessores é nos reconciliando com eles, é da Lei.
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil” Jesus – Mateus 5-25:26
Este processo obsessivo pode acontecer por coisas muito pequenas, como uma discussão no trânsito, um mal entendido no local de trabalho, um desentendimento familiar, o tão famoso melindre, etc. Jesus há dois mil anos vem nos convidando a trabalharmos os sentimentos para que possamos aprender a perdoar e evitarmos atrasos em nossa evolução espiritual. Sua vida foi o maior exemplo que nos deixou ao ser cruelmente torturado e ainda assim perdoar a todos.
Busque a reflexão interior sobre como estás agindo ou reagindo no mundo. Como me sinto diante das adversidades ou daqueles que desejam me prejudicar? O que estou fazendo para melhorar interiormente? Medite profundamente sobre a sua verdadeira natureza.  Paz e Luz