quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ética

As enciclopédias definem o homem como um “animal racional, moral e social, mamífero, bípede, bímano, capaz de linguagem articulada, que ocupa o primeiro lugar na escala zoológica; ser humano...”
O momento mais eloquente do seu processo evolutivo deu-se quando adquiriu a consciência para discernir o bem do mal, a verdade da impostura, o certo do errado.
Pitágoras afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, enquanto Sócrates elucidava ser o objeto mais direto da preocupação filosófica.
Sócrates e Platão estabeleceram que o homem era o resultado do ser ou Espírito imortal e do não ser ou sua matéria que, unidos, lhe facultavam o processo de evolução.
O homem é o único animal ético existente. Para adquirir a condição de uma consciência ética é convidado a desafios contínuos, graças aos quais discerne o bem do mal, o belo do feio, o lógico do absurdo.
A fim de lograr o domínio desses legítimos valores, aplica outra das suas características essenciais, que é o de ser um animal biossocial. A vida de relação com os demais indivíduos é-lhe essencial ao progresso ético. Isolado, asselvaja-se ou entrega-se a uma submissão indiferente, perniciosa.
Diversos caminhos, porém, deverá ele percorrer para que a autoconsciência lhe descortine as aquisições éticas indispensáveis: a afirmação de si mesmo, a introspecção, o amadurecimento psicológico e a autovalorização entre outros...
Discute-se muito, na atualidade, a questão das conquistas éticas e morais, intentando-se explicar que a falta de sentimento e de amor responde pelos desatinos que aturdem a sociedade.
Somente uma atitude saudável e uma emoção equilibrada, sem vestígios de ódio, podem conduzir-nos para o bem, o êxito, a felicidade.
A introspecção ajuda-o, por ser o processo de conduzir a atenção para dentro, para a análise das possibilidades íntimas, para a reflexão do conteúdo emocional e a meditação que lhe desenvolva as forças latentes.
A experiência do amor é essencial, pois que, somente através dele se rompem as couraças do ego, do primitivismo, predominante ainda em a natureza humana.
As ações humanistas são o passo que desvela a consciência ética no indivíduo que já não se contenta com a experiência do prazer pessoal, egoísta, dando-se conta das necessidades que lhe vigem em volta, aguardando a sua contribuição. Nesse sentido, a sua humanidade se dilata, por perceber que a felicidade é um estado de bem-estar que se irradia, alcançando outros indivíduos ao invés de recolher-se em detrimento do próximo. Qual uma luz, expande-se em todas as direções, sem perder a plenitude do centro de onde se agiganta. Amplia-se-lhe, desta forma, o senso da responsabilidade pela vida em todas as suas expressões, tornando-o um ser humano ético, que é agente do progresso, das edificações beneficentes e culturais.
A consciência ética é a conquista da iluminação, da lucidez intelecto-moral, do dever solidário e humano.
Texto adaptado do livro: O homem integral – psicografado por Divaldo Franco – Joana de Angelis (autora espiritual)

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